segunda-feira, 22 de novembro de 2010

escolhas diárias


Despertador tocando. Lançá-lo na parede e se atrasar de novo ou fingir que é responsável e levantar? Tomar um banho com pressa pra sair ou cantar no chuveiro e se encher de sabonte pra sair com aquele cheirinho de bebê? Café da manhã: tacar a comida pra dentro da goela ou saborear um simples, mas delicioso, pão com manteiga?
Ir pros compromissos da manhã reclamando da vida ou contando passarinhos que voam desprocupados na manhã?
Chegar dando bronca pra mostrar que hoje você está uma fera ou cantando uma música que você não cantava há anos e que surgiu na sua cabeça no elevador?
Dar gritos ou dar abraços?
Humilhar as pessoas que erraram ou mostrar que apesar dos pontos positivos ainda há o que ser melhorado?
Comer um salgado na hora do almoço pra ganhar tempo ou se alimentar bem pra ganhar vida?
No tempo vago jogar paciência ou ler um romance?
Na volta da casa ficar reclamando do engarrafamenbto ou se deliciar com uma radio que toca músicas que te fazem bem?
Jantar com a família ou se trancar no seu quarto pra não perder aquele capítulo inédito que vai passar amanhã e depois e depois?
Deitar cheio de remorsos, mágoas e raiva ou tentar resolver tudo com uma simples ligação?
Dormir pra ter mais um maldito dia ou descansar para uma dia cheio de aventuras e aprendizado?

E ainda tem gente que diz que não faz decisões na vida... pense nisso!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Versinho


"Nesta nuvem deito minha cabeça
Para sonhar sonhos de algodão
Espero que a alma nunca se esqueça
Do triste alarde de um coração!"

Paty - nov/2010

Fiz esse versinho para cumprir um exercício de escrita proposto no blog Gambiarra Literária, onde a proposta era criar um poema com 20 palavras e no máximo 6 conectivos... Tem 23 palavras no meu... hehehe

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Convite


Convite
(ou, caminhando no vento)

Corre, anda, voa comigo
Ama, queira, seja você mesmo.
Mesmo você, o que espera?
Identidade a gente busca... Quem?
Na varanda? Salta, vem!
Há um mundo logo ali.
Anda, por que demora?
Navegando em pensamentos...
Dimensões que a alma cria
Onda de sentimentos... brinca!

Noite, dia,
O que importa?

Vendaval de palavras...
Entra, pensa, saiba amar!
Nas nuvens, na terra, no espaço
Tente, faça, não desista!
O ocaso vem, mas ainda temos estrelas.

Não deixemos nunca nossa alma de lado, perdida, esquecida. Gritem comigo para que esses Cinco Lados continue sendo um único som a cutucar, ressoar, invadir as pessoas que por aqui passarem!

Vamos voltar a colecionar estrelas!!!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sol na janela



Hoje o sol me pegou desprevinido
No meu olhar pela janela
Encarando meus desafios.

Me pegou, me jogou num precipício.
Encarou-me todo destemido
como um forte sentinela.

Hoje o sol me mostrou a vista bela.
Mesmo no alto do edifício
Dando a vida, mais um sentido.

Hoje o sol invadiu meu olhar, bem vindo.
Aqueceu-me como da outra vez, aquela.
e eu só agradecendo por ele ter aparecido.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ilusões derretidas



Contos de fada não tem contas de banco.
Cinderela não tinha estria.
rapunzel não tinha caspa.
Lenhador não era criminoso.

Contos de fada não tem coito, nem feno.
Bela adormecida teve um coma.
Branca de neve foi presa por pedofilia.
Chapéuzinho vermelho ganhou um primo-tio.

Nada é perfeito. nada é eterno.
O cavalo branco um dia apodrece.
A fênix morre entre jovens e
é fumada antes de voltar.

Na vida nem tudo era uma vez.
Nem sempre os nobres são lindos.
Felizes para sempre é até possível.
Depois de acabar a prestação do apê.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A felicidade escondida


O rei conquistou escravos, impérios e respeito.

E se sentiu, obviamente, feliz.

Em uma guerra, perdeu escravos, impérios, respeito e o sentido da vida...

E a felicidade também se despediu.

O empresário conquistou clientes, mercado e respeito.

E se sentiu, obviamente ,feliz.

Entrou um concorrente enorme e ele perdeu clientes, mercado e respeito.

Teve depressão e a felicidade se esvaiu.

A criança conquistou o pote de biscoito em cima do armário.

E nunca mais o perdeu de vista.

A criança conquistou amigos e colegas.

E mesmo alguns indo embora, sempre tem gente chegando.

A criança conquistou o dom de saber sorrir e conquistar pessoas com esse sorriso.

Vai ver que é por isso que afelicidade sempre cerca essas pequenas criaturas.

Mas tão sábias... Ainda tenho muito que aprender com elas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mais palavras ao vento...


No coração de quem ama,
sempre cabe o perdão.

Sempre cabe uma saudade perdida
na vontade de uma outra vez.

Sempre pulsa um desejo
do corpo que almeja uma noite a mais.

Sempre desprende uma lágrima
perdida entre palavras de um instante fugaz.

Sempre passeia a lembrança
de uma noite de andança.

(Na praia,
encantada lua no céu)

E nada apaga a esperança
de duas almas que dançam
brincando nesse eterno carrossel...

Paty/2010