terça-feira, 20 de outubro de 2009
O que falta
Que falta esse coração?...uma paixão.
O que lhe fere?...a solidão.
Como curar essa dor?...outra solidão.
Diz-se união a cura da solidão
Tanta tristeza em vão!
E ninguém parece ter compaixão. Há mesmo cura?
Uma paixão. A solidão...e outra solidão!
A dor da solidão?...A própria solidão.
O que ela precisa estar fazendo para se curar?...Unindo-se.
A quem!?...A outra solidão.
Como chamar esse sentimento
Duas solidões que se encontram?
Pode-se dizer amor? Diz-se amor.
A própria solidão...unindo-se...a outra solidão.
Há sentimento mais belo?...nem o sol amarelo.
E o que o amor dá ao seu filho?...o seu maior brilho.
Só o amor...é mais belo que o próprio amor.
Seu calor envolvente
Melodia a embalar estes unidos elos
E nem o sol amarelo, seu brilho é mais belo...
...Que o amor.
Luiza Callafange
(escrita datada de 2006)
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Um recomeço
Aprendendo com a vida, começo meu traçado. A ensaiar meus primeiros passos de dança. Pequenos, não quero passos longos. repito uma, duas, quantos forem necessárias. Tenho o tempo todo do mundo, ou simplesmente o tempo que o mundo todo quiser me dar.
Sou um eterno aprendiz e não o professor. Nesse negócio da dança da vida ainda tenho que aprender muito. Saber rebolar na hora certa é demonstração de flexibilidade, como a destreza do pulo de falsos caminhos.A música que eu acompanho é a do momento. Não me prendo em ritmos eternos e estilos permanentes. Hoje, danço a mais linda linda melodia do amor. Mas já dancei outras tão bonitas quantas e já tive momentos onde a dança mais se parecia com uma fuga dos problemas ou uma fuga de mim mesmo.
Danço porque não quero parar.
Danço pra acmpanhar a rotação dos acontecimentos.
Danço porque vivo.
E sei que estou vivo, porque ainda ouço a música.
Luiz cezar Marinho
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Quarta Nota - Último Grão
Isabella Taviani
Não demora agora
Há tanto pra gente conversar
Eu desejo e vejo, a rua você atravessar
E os teus passos largos já não me incomodam
Não te acompanho mais, caminho do meu modo
Teus olhos turvos, pouco sinceros
Não me atormentam quanto mais eu enxergo
Eu e você, podia ser
Mas o vento mudou a direção
Eu e você e essa canção
Pra dizer adeus ao nosso, ao nosso coração
Tá na minha frente
Não se perturbe verdade é pra falar
Sei que vai morrer um pouco
Mas ainda há tanto pra lembrar
O teu sorriso lindo, indefinido
Suas mãos tão quentes atravessando o meu vestido
Palavras que falávamos simultaneamente
No meu ouvido o teu discurso indecente
Eu e você, podia ser
Mas o vento mudou a direção
Eu e você e essa canção
Pra dizer adeus ao nosso...
Às vezes o amor
Escorre como areia entre os dedos
Não tem explicação para tantos erros
É melhor partir
Antes do último grão cair
Eu e você, podia ser
Mas o vento... mudou a direção
Eu e você e essa canção
Pra dizer adeus ao nosso, ao nosso coração
Mas o vento mudou a direção
Eu e você e essa canção
Pra dizer adeus ao nosso, ao nosso coração