domingo, 26 de abril de 2009

Brinde impreciso


Era um jovem em um bar. Sozinho. Só ele e seu copo. Olhava para o fundo do copo como se buscasse respostas . Estava tão mergulhado em reflexões que talvez seja pura sorte, o fato de ainda parecer estar seco.

Um brinde aos meus devaneios
Um brinde aos meus passos;
Um brinde às regras que me submeto;
Um brinde ao buraco que me engole.

Um brinde a quem me controla;
Que me faz não precisar pensar.
Um brinde aos fios da marionete;
Que jamais se enrosquem...

Um valioso brinde tilintado;
Aos planos que seguirei
Ao meu destino esculpido;
Por um cinzel qualquer...

Brindem por mim que os admiro;
Decisam meu destino por mim;
Avisem-me os passos que darei
Rabiscado em papel de pão.

Era um jovem em uma vida. Acorrentado. Ele e seus deveres. Olhava para o fim do mundo como se buscasse ele próprio. Estava tão mergulhado em depressões que talvez seja por pura coicidência, o fato de ainda parecer estar vivo.

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