Quando criança, a gente brinca de ser gente grande, veste roupa da mãe e do pai, brinca de cuidar da casa se é menina, de escritório ou construção se é menino... E então, quando a gente menos espera, a gente vira adulto. E vive buscando reminiscências para resgatar nossa infância...
Ser criança é acreditar em conto de fadas, sonhos, gostar de doces, comer guloseimas antes do jantar. É não querer tomar banho, fazer hora para dormir, é acreditar em sonho realizado, em fada madrinha.
Ser adulto é permitir que uma enxurrada de realidade invada todo esse mundo de fantasia, colocar de lado os sonhos, não ter hora prá comer por causa do trabalho, virar a noite em cima de pranchetas e papeletas, tomar banho de 5 minutos para não perder o ônibus...
Manter-se jovem é deixar entrar essa realidade, ter consciência de todas as responsabilidades do dia-a-dia, mas continuar acreditando na nossa capacidade de sonhar e realizar nossos sonhos. Afinal, a realidade sem sonhos seca nossa alma e torna a vida cinza e sem sabor.
Não, esse não é um post de auto-ajuda... É apenas a constatação de alguém que brincou e cresceu no tempo certo e continua acreditando e, por isso, não se deixa arranhar na aspereza da vida.
2 comentários:
O adulto feliz é o que consegue ter a sagacidade de um experiente e a pureza de uma criança. Conservar o olhar questionador, puro, criativo. Saber se impressionar com os fatos e não se deixar pela banalização da crueldade. Um adulto ideal não perde o sorriso de uma criança. Nem a espontaneidade. Consegue ser sincero como a criança sem causar aquele mal estar e sem ser falso.
O equilibrio entre o novo e a experiência. Sabe brincar e falar sério. Sabe ser líder sem ser rabungento, ser presente, sem ser convencido.
Lindo texto!
Lindo texto mesmo, Paty!
Eu cresci...Mas a criança que vive em mim sempre estará pronta para brincar e pintar o sete, quando se sentir suficientemente bem para fazê-lo...!
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