segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Divagações na orla

Reza a lenda que Posseidon era o Deus mais sensível do Olimpo. Escolheu os mares, então, para que nunca o vissem chorar. Sempre acham que são gotas do mar que acariciam seu rosto. Será que as sereias choram?






Passos suaves na areia macia
Deserta como um céu nublado.
A maré faz um mantra no rochedo
As conchas pedem pra serem ouvidas.

As lágrimas relutantes voam pra trás
Só o corpo o avança em direção única
Em uma estrada, corre na contra-mão.
Avança acreditando em um sonho infantil.

E embriagado com a beleza estonteante,
Confunde versos mas mantém faz poesia.
Jamais vai esquecer o banho de conchas,
Depois do caminhar nas areias nubladas.

A maré avança única em direção infantil.
Um mantra é ouvido relutante e macio lá atrás.
São passos voando em uma contra-mão qualquer.
É a estrada do corpo que avança sem lágrimas.

Um comentário:

Paty Augusto disse...

Tranaposição, mudanças, outras direções... são essas as palavras que me vem a cabeça ao ler esse poema.
A capacidade que o ser humano tem de se resolver nas suas questões deixando apenas pegadas na areia...
Beijos!

Obs: Estamos dominando esse blog... CADÊ AS MENINAS????